Na madrugada desta sexta-feira (22), um homem de 23 anos, identificado como Wanderley Marcos dos Santos, morreu após ser baleado por um guarda municipal dentro do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), em São Luís.
De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (SEMUSC), Wanderley estaria vandalizando a unidade de saúde e ameaçando pacientes e profissionais de saúde. Segundo relatos, ele estaria em surto psicótico no momento do ocorrido.
A Guarda Municipal foi acionada para conter o homem, e, durante a abordagem, um dos agentes disparou contra sua perna. Apesar de receber atendimento médico imediato, Wanderley não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
O guarda envolvido no disparo foi afastado de suas funções, conforme informou a SEMUSC. O caso está sendo investigado pela Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), que aguarda os resultados dos exames periciais para iniciar a coleta de depoimentos de testemunhas.
Histórico de casos semelhantes
A morte de Wanderley Marcos dos Santos se soma a outros casos recentes envolvendo pessoas em surto psicótico no Maranhão. Em outubro, dois homens com transtornos mentais também foram mortos, levantando questionamentos sobre a abordagem das autoridades em situações semelhantes.
Repercussão
A presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Maranhão, Derliane Sousa, criticou a ação da Guarda Municipal e ressaltou a falta de preparo das forças de segurança para lidar com pessoas em crise psicótica.
“Não é um caso isolado. Essas situações vêm se repetindo com frequência. É urgente que as autoridades capacitem as instituições para abordar pessoas em crises psicóticas, evitando tragédias como esta”, declarou Sousa.
