O blog do Neto Cruz procurou envolvidos no processo eleitoral para a eleição da presidência da Ordem dos Advogados do Maranhão (OAB-MA) para acepilhar os bastidores do pós-eleição. Ainda na ressaca da vitória, Kaio Saraiva foi vencedor, sem sombra de dúvidas. Porém, desaprovado pela maioria dos operadores do Direito do estado.
Foi uma eleição com tematizações muito bem definidas, onde um lado representa a “continuação”, outro, a “mudança!”
A totalização dos votos norteados pelo sentimento de mudança deixa claro que a gestão Thiago Diaz é rejeitada pela maioria dos que validaram o voto. E isso é inconteste.
Foram 3.006 votos (54%), quando somados os que votaram em algum dos candidatos que propunham mudança (Fora Thiago Diaz), contra 2.560 (46%) que votaram por continuação da gestão do principal apoiador do atual Tesoureiro da Ordem.
Uma análise mais profunda nos revela o seguinte:
Desde a intervenção federal em 1981, até 2021, são 30 anos que correspondem a 17 mandatos pelo comando da OAB-MA. Logo, 17 eleições ocorreram nesse período. Dessas 17 eleições, a oposição só ganhou 2 vezes: a primeira vez em 1988, com Antônio Almeida, a segunda vez em 2015, com Thiago Diaz, atual presidente.
Nessas duas ocasiões, só duas chapas concorreram.
Ou seja, a situação ganhou 15 vezes e a oposição apenas 2.
Significa dizer que a única chance (11,76%) da oposição ganhar será quando ela girar em torno de uma única liderança/candidatura.
Em 100% das vezes em que houveram mais de duas chapas, a situação levou…
Para todos os efeitos. Kaio foi vencedor, sim. Desaprovado, também.