O Diário Oficial de São José de Ribamar da última terça, 28, traz a ratificação (validação/aceitação) dispensa de licitação com o Instituto Nacional de Tecnologia, Educação, Cultura e Saúde. O valor do contrato beira a bagatela de quase meio milhão de reais e o “Instituto” prestará, em tese, serviços de cirurgias, em regime de mutirão.
O blog do Neto Cruz, na persecução da verdade, traz fatos que não vem no Diário.
O INTECS, localizado na área nobre de São Luís, tem no seu Quadro Societário a já conhecida do MP, Leuda Sousa de Silva. Dos diversos casos que apontam para corrupção que envolvem o nome de Leuda – que atua como presidente do Instituto contratado por Julinho (PL) -, está o do ISEC, na gestão do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD). Leuda era diretora do Instituto que colocou em risco o mandato do ex-gestor ludovicense.
À época, o advogado Pedro Leonel Pinto de Carvalho entrou com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o prefeito de São Luís e candidato à reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e pediu a inelegibilidade do gestor por uso político do Instituto Superior de Educação Continuada (Isec), que gerou um prejuízo de mais de R$ 33 milhões (trinta e três milhões de reais) aos cofres públicos municipais.
O site do Isaías Rocha, que abordou o assunto com responsabilidade e profissionalismo, pontuou que Edi-H “foi alvo de processos por abuso de poder na contratação do Isec”.
Naquele momento, o prefeito de São Luís se livrou da última acusação que ainda pesava contra ele decorrente das eleições de 2016. Favorecendo Edivaldo, por decisão monocrática do juiz eleitoral Bruno Duailibe, a investigação havia sido suspensa liminarmente no caso ISEC. Duailibe paralisou a investigação que apurava compra de apoio político por Edivaldo por meio de um contrato de R$ 33 milhões com o instituto. Vale frisar que a deputada estadual e tia da primeira-dama Gilvana e da esposa do Assessor Especial Natércio Santos, Helena Duailibe, tem forte influência na SEMUS ribamarense, onde o instituto atuará. Além disso, Dona Helena foi secretária de saúde na gestão de Edivaldo Holanda Jr.
De acordo com os denunciantes do caso ISEC, que estampava sites e jornais como pauta diária, a verba seria fracionada entre os parlamentares aliados na Câmara Municipal de São Luís e secretários de governo, que redistribuiriam o dinheiro para cabos eleitorais e lideranças. Na emenda da denúncia, cada aliado de Edi-H teria recebido em média de 30 cargos para distribuir para seus apoiadores.
Resta saber se o futuro repetirá o passado na cidade do Santo Padroeiro.
O blog destrinchará processo com mais de 1000 páginas, com detalhes sobre o caso, que ainda rola na Justiça…