Reza a lenda que certa vez, em uma de sua detenções, o agiota ironizou: “acho que não ficarei muito tempo aqui. Se eu falar o que eu sei, terão que construir dois presídios no Maranhão e um deles será só para políticos…”
Instalada no dia 15 de março, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar, no prazo de 120 dias, supostas irregularidades envolvendo os sucessivos reajustes de preços dos combustíveis no Estado termina em pizza.
Após relatos da testa de ferro de Pacovan, Rafaely de Jesus Souza Cavalcante, proprietária jurídica de estabelecimentos do gênero em São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, Duarte Jr. colocou em votação e conseguiu a aprovação de requerimento de sua autoria, convocando Pacovan para ser ouvido, como testemunha, hoje (6), às 14h30.
“Essa senhora confessou ser apenas ‘laranja’ do Pacovan e ele será ouvido. Essa CPI foi instalada para desvendar essa rede de irregularidades praticadas por parte de alguns empresários do setor. Não importa se é poderoso ou não”, midiatizou o parlamentar
Porém, nos 45 do segundo tempo da tarde desta terça (6), o mais famoso agiota do Maranhão, Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan, conseguiu Habeas corpus para não prestar depoimento à CPI dos Combustíveis. O desembargador João Santana ainda concedeu a Pacovan o direito de ir à CPI depor apenas se for de sua livre e espontânea vontade.
Dias atrás, Pacovan mandou o recado: ‘vou contar tudo’.
Duarte chegou a verbalizar a pessoas próximas que Pacovan correu da CPI. Porém, o que se sabe é que nem o agiota estava por dentro da medida judicial, só sabendo assim que estava a caminho da ALEMA.
Resta saber se o movimento foi uma forma de “frear” o que Pacovan iria vomitar para quem quisesse ouvir e quem operou o Habeas corpus…