O neófito e desesperado vereador Rafael Neves, que se curricula como Economista e Cientista Político, se embananou todo durante a última sessão remota da Câmara de Vereadores de Paço do Lumiar. Prova disso foi a salada mista ao tentar parafrasear os filósofos Thomas Hobbes e Maquiavel.
Inicialmente, o filho da ex-vereadora Silvana do Povo – que também só teve um mandato – usou o termo antropofagia para fazer referência ao Estado de Natureza pregado pelo autor de Leviatã. À luz dos conceitos corretos antropofagia é a condição de antropófago, o mesmo que canibal.
Se teve alguém que se canibalizou para chegar ao poder a qualquer custo nas eleições de 2020 foi o próprio Neves, que chegou a chorar em cima de trio elétrico dizendo que esperaria seu financiador e causa indispensável de eleição, Fred Campos, se candidatar daqui a 4 anos. Clique aqui e relembre o cinismo do esquecido. Hoje, se cospe todo ao tentar verbalizar que quer as benesses do poder, mas esquece que inúmeras vezes atacou Paula da Pindoba, chegando a chamada de paliativo, atitude misógina e que evidencia o perfil bipolar da autoridade.
“Todos contra todos”, disse o vereador sem saber a fonte da sua fala. Hobbes pregava o seguinte:
Os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado.
Logo, Rafael volta a pecar ao querer como referência o filósofo inglês, que pregava o oposto do que Rafael quer. É uma confusão mental sem precedentes.
Seguindo na loucura, o Liberal decidiu puxar da memória máximas do florentino Maquiavel.
Sorte é acaso, fortuna é estar preparado, atirou.
Em uma rápida pesquisa na internet, vê-se que o edil está perdido não só no mandato, como também lendo só orelha de livros.
A Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades do mesmo: a sorte individual. É, para o filósofo, a ordem das coisas em todas as dimensões da realidade que influenciam a política.
O pior não foi isso. Quando faltaram ao edil as frases ensaiadas, o dito cujo encarnou o próprio Friedrich Nietzsche, Além do bem e do mal.
Qualquer cachorro lá fora acha que a gente não tem poder de nada, disparou o empolgado vereador que só foi eleito por abanar, incansavelmente, o rabinho entre as pernas atrás de Fred Campos e Cia. Cachorro, no caso, seria o próprio Rafael Neves.
Num acesso de verborragia, o Calebe não se contentou e disparou ao vivo:
Um cachorro que não tem mandato mija na nossa perna a gente não fala nada.
Nesse caso, para o vereador aloprado, cachorro é qualquer pessoa que não seja vereador. Voltando ao 7º parágrafo, Neves encenou o filósofo alemão, que baseava as atitudes do ser humano para teorizar que Deus estaria morto.
Ao chamar o próximo de cachorro, o vereador mostrou sua verdadeira face, o que reforça a sua canibalização ao se esconder atrás de uma Bíblia para garantir o voto deste público, sendo que nunca fez parte dele. As atitudes falam por si só.
Em contato com o blog, vereadores relataram um desconforto ao serem comparados a cachorros, assim como o ataque do edil ao associar a sociedade aos caninos, no sentido pejorativo da palavra. Alguns relatam haver um movimento para levar o vereador a responder por falta de decoro parlamentar, o que pode lhe render a cassação do mandato por reclamar de barriga cheia…