Dr. Julinho
Mesmo enfrentando novamente problemas decorrentes da má gestão de recursos públicos, o médico Júlio César de Souza Matos, o Dr. Julinho, tem feito contorcionismo para recorrer das decisões judiciais e disputar as eleições de 2020. Julinho foi candidato em 2008 e em 2016, mas em ambas ocasiões, além de perder por votos, teve a candidatura indeferida. Em 2016, disputou as eleições e foi massacrado nas urnas, obtendo apenas 3,85% dos votos contra 96,17% do adversário, o ex-prefeito Luis Fernando.
Em 2020, a história se repete. Faltando pouco mais de 40 dias para as eleições, o Ministério Público Eleitoral acaba de impugnar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), a candidatura de Julinho Matos. No domingo (27), foi o Superior Tribunal de Justiça (STJ) que confirmou a situação irregular do médico com contas reprovadas no exercício do cargo diretor da Maternidade Benedito Leite, da rede estadual de saúde.
Substituição – Depois de tentar disseminar o boato que a informação sobre sua inelegibilidade era fake news, Julinho decidiu desistir da candidatura a prefeito de São José de Ribamar. Mesmo sem oficializar ainda a desistência, em reunião realizada na noite de quinta-feira (1), o filho de Julinho chegou a chorar e admitir a possibilidade de substituição do pai: “todo time tem um reserva que pode resolver a que pode entrar a qualquer momento e resolver a situação a qualquer momento”.
“Na nossa posse, vou lhe entregar a faixa de prefeito dessa cidade”, declarou Júlio Filho, em flagrante discurso nepotista. Assim como o pai, o filho do ex-prefeito também teve seus planos frustrados pela Justiça Eleitoral, nas eleições de 2016, quando o registro da sua candidatura foi indeferido por irregularidade na prestação de contas das eleições de 2012.
Durante a reunião, o candidato a vice-prefeito, Júnior Lago declarou: “o Julinho do presente não irá cometer os equívocos do passado”. A declaração foi, no mínimo, equivocada. E lembra a frase de Marx: “a história se repete. A primeira vez como tragédia e a segunda vez como farsa”.
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