A disputa eleitoral em Coroatá chegou a um nível nunca visto antes na história da cidade.
Depois de três meses com a Câmara literalmente fechada, o presidente da Casa, vereador Junior Buhatem, agora quer mais um mês de férias parlamentares.
O Regimento da Casa prevê um recesso de 30 de junho a 1º de agosto. Contudo, o vereador Saddam Nunes (PRB) protocolou uma proposta para suspender o recesso parlamentar, justificando que os três meses sem trabalhar já foram suficientes.
“Diante da nossa realidade, de sessões uma vez por semana, apenas quatro sessões por mês, o povo exige que sejamos eficientes e que valorizemos os recursos públicos. Sinceramente, não há espaço para se falar em férias. Temos muito a discutir, muitas matérias para votar, muito para fazer” destacou o parlamentar.
Apesar da tentativa, para não expor os vereadores que querem ter férias, Junior Buhatem manobrou para não levar a proposta a votação. Apoiado pelos vereadores da base do prefeito Luís da Amovelar Filho (PT), simplesmente ignorou todas as manifestações da oposição.
Se valendo do poder de determinar o que é votado ou não, Junior Buhatem e o grupo Amovelar expõem todo o parlamento a um grande desgaste junto à opinião pública.
A intenção também é abafar as denúncias contra as várias licitações suspeitas realizadas enquanto a Câmara estava fechada.
Esse é um mau exemplo inominável do que não deu certo na política de Coroatá. E o contribuinte é quem paga a conta.